CHEGOU!!! CRÔNICAS & RABISCOS, em março, grande lançamento! Crônicas de humor, edição ilustrada

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ceia de Réveillon


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Soterrados na Caverna

(Óscar Fuchs)

Lembram daqueles filmes de nossa infância em que uma turma de aventureiros chegava a uma ilha deserta... ou a um paraíso oculto... ou a um oásis ... era sempre deserto e desconhecido. Então, lá, encontravam uma caverna com milhares de diamantes, muita riqueza... para o resto da vida! Mas eles sempre queriam pegar mais do que podiam levar... e a tal da caverna desmoronava e soterrava a todos.

Vi dois filmes ontem: um deles é Boyhood  (a tradução seria criancices, infantil, molecagens... enfim, coisa de guri!)  e o outro,  Garota Exemplar (Exemplar girl).  O personagem de “Criancices!”, um garoto, diz uma frase magnífica: (não memorizei as palavras, só lembro do conceito) Durante anos a humanidade quis construir robôs, escravos que não contradiziam nossas ordens. Porém, políticos, economistas e empresários perceberam que seria muito mais fácil e econômico transformar os humanos em robôs. Melhor que gastar milhões de dólares para fabricar algo novo (um robô obediente e condicionado) seria condicionar o povo, as pessoas, enfim...  CRIAR robôs!  Assim, somos todos robôs nessa humanidade. Mas, pergunto, que “humanidade” é essa, se somos todos robôs!?
Já em Garota Exemplar (o filme), a teoria do garoto de boyhood é comprovada: a mídia manda na vida.  Por quê? Lá vamos: o meio que “inventaram” para nos transformar em “robôs”, foi a mídia. Ora, se todos somos iguais e pensamos a mesma coisa... e assistimos a mesma coisa... e compramos as mesmas coisas... e usamos as mesmas coisas... e fazemos as mesmas coisas... e SOMOS a mesma coisa... e ACREDITAMOS na mesma coisa... Céus! Somos todos iguais!
Em Garota Exemplar (o filme) a personagem usa essa “cegueira” e a ansiedade por manchetes e repercussão... e fama... e mídia...  para cometer seus crimes. E a personagem consegue. E consegue COM O APOIO E RESPALDO DA MÍDIA. Não conto o final. Mas lembro daquela belíssima crônica do García Márquez, em que ele dizia nas primeiras páginas como tudo havia acontecido... mas a gente tinha que ler tudo, até o final, a gente QUERIA ler todo o livro pra saber como aquilo tudo tinha acontecido (CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA, Gabriel García Márquez).
Assim, somos: a gente já sabe onde vai parar... onde vamos terminar... os erros que cometemos... quão bobos somos... Mas a gente quer comprovar isso, a gente quer ter certeza disso...  e acabamos com aquele monte de diamantes no colo... soterrados na caverna.
(Sei, sim! Lembraram do George Orwel (O Grande Irmão), ou Fahrenheit 451, do Truffaut... pois é, “estou sobre os ombros de gigantes...”, Newton)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Então... é natal!

DIMENOR - só um menino de rua (clique na imagem para ampliar)



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Não Pise No Step!

(Óscar Fuchs)

Estava sobre a asa do avião. Fiz essa foto porque me chamou a atenção: ora, pra que um “estepe” se a gente tá voando?  Por acaso vão parar o avião e trocar o pneu no acostamento?  Sei tudo de “ingrêis”, from cab to tale, ou seja: de cabo a rabo. Portanto, não vejo a utilidade de ter “estepe” num avião. Se ainda fosse num navio... Deixa pra lá.
O companheiro de fila, na poltrona ao lado, apertado em cima de mim, tratou de esclarecer:
- Estás vendo o que está escrito?
Colono e relutante, ante tanto conhecimento multi-urbano, respondi enfaticamente que havia entendido “mais-ou-menos”. Ele explicou:
- Ali está escrito: NÃO PISE NO STEP.
Entendi de uma hora para outra o que estava escrito. Só não entendi o por quê de não se poder pisar no estepe. Que estepe tão frágil é esse que nem se pode pisar em cima? Coisa vagabunda, made in China, provavelmente.
Por fim, desembarquei incólume, ileso e co cu na mano...  (Ufa!) ... Feliz por não te precisado usar aquele maldito “estepe”.