Já contei aqui. Vivia em Porto Alegre, no Alto Petrópolis.
Minhas maiores façanhas são muito pequenas, perto das pessoas com as quais tive
a sorte de me relacionar.
Dia desses, numa dessas reprises, vi na TV o enorme José Lewgoy,
ator exemplar e consagrado que vivia no meu bairro, gênio da interpretação e um
diamante do cinema, entre outros trabalhos. Atendi o Zé Lewgoy, já com sua
bengala, várias vezes. Ele ia à papelaria e livraria onde eu era balconista. Nostalgia.
Além dele, que morava no meu bairro, atendi o Chagas, o
Walmor, com sua cabeleira grisalha. Saudoso. Nostalgia. Walmor era, como se
dizia à época, “gente fina”.
Ainda, como inexperiente e mangolão
atendente de livraria, conheci Dona Mafalda, o anjo, de quem recebi lições de “como escrever”. Abençoado, fui eu. Quase tão abençoado quanto o Érico e o filho, o Luis
Fernando. Só me falta todo o talento deles.
Enfim, tendo convivido com tanta gente grandiosa e
importante, o que poderia querer mais da vida? Ídolos com os quais nunca
convivi, como Garcia Marquez, Graciliano, Josué Guimarães, Amado... já se foram.
Ahá! Me dei conta! Ainda posso encontrar o Umberto Eco, João
Ubaldo Ribeiro, o Ariano Suassuna, o Luis Fernando Verissimo, O Edgar Vasques, o Santiago...
nossa, quanta gente boa!
Vou viver... o máximo que eu puder. Uuuuuhhhhhuuuuu!
*Escrevi essa crônica na quinta-feira, 17, um dia antes de perder o João Ubaldo... mas, Viva o Povo Brasileiro!
Vou viver... o máximo que eu puder. Uuuuuhhhhhuuuuu!
*Escrevi essa crônica na quinta-feira, 17, um dia antes de perder o João Ubaldo... mas, Viva o Povo Brasileiro!
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