Resurge a
era da Terra plana. Pelo que entendi, flutua feito um prato ao
redor do sol, se é que ainda não aboliram o movimento de
translação. Só que o planeta não seria exatamente plano. É,
digamos, como um pão árabe, com altos e baixos, planícies e
montanhas, montes, morros e vales.
A grande
questão que vem desde a idade das trevas é, o que existe lá no
fim? Além da borda? Segundo alguns, um abismo ornamentado por uma
linda cachoeira, maior que Cataratas do Iguaçu, que não se desfaz
em nada, por que não há rochas lá embaixo. Aquela água toda fica
flutuando pelo espaço. Na maior parte é água salgada, o que
imagino que faça um mal astronômico ao Universo e talvez estejamos cercados por todos os lados de ferrugem.
Pensei
nisso tudo e também num colega de redação que tive. Toda vez que
via uma mulher exuberante, ficava pensativo por instantes e murmurava
em seguida:
-
É linda, perfeita, sensual, insinuante, elegante, num vestido
sexy...o que tem por baixo?
Sobre a
Terra plana, a mesma dúvida me ataca - tento me defender, mas ela
me acerta um direto no raciocínio:
- O
que tem por baixo?
Logo,
outras dúvidas chegam em apoio àquela e também me atacam. Agora com paus e pedras:
-
Ali por baixo, teria mais terra? E as raízes, ficariam penduradas
assim, como aquelas plantas que flutuam na água? E as pedras, caem?
Fico lá
me contorcendo e gemendo depois de sofrer com dúvidas tão
contundentes. Não são bons tempos para se fazer perguntas
pertinentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentar me ajuda!